FACULDADE
INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA
FGF
– JOÃO XXIII
CURSO
LICENCIATURA EM BIOLOGIA
ENSAIO
ACADÊMICO
FÓRUM
DE DISCUSSÕES EM PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Por
*César Augusto Venâncio da Silva.
OBJETIVO: Fórum I: Explique a frase "A
aprendizagem é um fator que contribui para tornar mais eficiente o ensino".
(Valor: 1,0 ponto).
A
formação de professores tem se mantido como tema de estudo e de reflexão, isto
demonstra que se trata de uma permanente inquietação de diferentes segmentos:
gestores, formadores, estudantes, dentre outros.
Por que
preocupar-se com a formação do professor?
O
professor formado adequadamente desenvolve a docência de maneira diferenciada,
com qualidade e voltada para o estudante. Para ser um bom professor ou um
instrutor de programas de treinamento, não basta dominar um determinado
conteúdo. É preciso saber como transmiti-lo. Para isso, chamo a atenção para um
dos fatores mais importantes, que é conhecer
a estrutura cognitiva dos seus alunos. A estrutura cognitiva é o conjunto
de imagens, conceitos, princípios e proposições que cada ser humano possui e a
forma como esse conjunto está organizado. Dessa forma, indivíduos que vivem
numa mesma cultura possuem, na sua estrutura cognitiva, aspectos comuns a
outras pessoas e também aspectos profundamente pessoais. Algumas perguntas
devem estar na mente de quem se aventura a ensinar, tendo em vista o conteúdo
que quer transmitir e quais os conceitos que já estão disponíveis na mente dos
alunos.
Creio que
com a introdução citada no paragrafo anterior, se leva a questionamentos:
Que
conceitos precisa o educador saber para que se possa ensinar esse determinado
conteúdo com sucesso?
Que
relações entre conceitos podem ser estabelecidas de modo a facilitar a
aprendizagem?
Quem se
dispõe a ser um educador deve estar convencido de que o ato de ensinar exige
certos cuidados sem os quais não se atingirá o objetivo maior do ensino, que é
a aprendizagem.
Ai se vê a importância do sentimento de princípios da Psicologia
da Educação, que é o segmento de
estudos e pesquisas que visam descrever os processos psicológicos estabelecidos
na funcionalidade do processo ensino-aprendizagem. A partir de diversos teóricos
como Sigmund Freud, Jean Piaget, Burrhus Frederic
Skinner, Carl Rogers, Lev Vygotsky e Alexander Luria, que são precursores dos estudos em Psicologia da
Educação. São referenciais comuns aos cursos de licenciaturas, onde se avalia
as vertentes do pensamento psicológico educacional. É relevante na analise
psicopedagogia subjetiva da avaliação do processo eficiente do ensino(aplica-se
as sua teorias na compreensão de ducação da criança e do adolescente, mas
também à educação do adulto -Pedagogia e Andragogia(GOULART, Iris Barbosa. Psicologia da
Educação: fundamentos teóricos, aplicações à prática pedagógica. Petrópolis:
Vozes, 2001; SOUZA, Audrey Setton Lopes de. Psicanálise e Educação: lugares e
fronteiras. In.: OLIVEIRA, Maria Lúcia de (org.). Educação e Psicanálise:
história, atualidade e perspectivas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003).
"A
aprendizagem é um fator que contribui para tornar mais eficiente o ensino".
Educação engloba os processos de
ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos
constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da
transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e
agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou
sociedade.
Segundo alguns estudiosos, a
aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa
na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da
alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento operante,
experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações
podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples
aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica
essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional,
ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar
informações para a aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a
melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro. Aprendizagem é o processo pelo
qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode ser analisado a partir de
diferentes perspectivas, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem.
Aprendizagem é uma das funções mentais mais importantes em humanos e animais e
também pode ser aplicada a sistemas artificiais. Na
aprendizagem se foca o processo de desenvolvimento das competências, e é importante
ter ciência, que o seu significando precipuamente tem várias dimensões, e
com sua vulgarização o termo encontrou outras acepções: No Direito(Competência, delimitação do poder
judicante); Na administração(Competência: aspecto econômico
administrativo e competência profissional; Certificação por competência -
processo de avaliação); Na contabilidade(Regime de competência) e principalmente na
psicologia(Competência: habilidades que um indivíduo
possui; Competência social, etc). Na doutrina de Asendorpf(2004)
competências ou habilidades são
em psicologia os
traços de personalidade que
permitem ao indivíduo atingir determinada realização ou desempenho. A
habilidade não deve, no entanto, ser confundida com o desempenho em si, que
pode variar com a motivação(PIAGET,
Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975; VYGOTSKY,
L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991).
As competências de uma pessoa podem ser organizadas em uma
hierarquia, com competências mais gerais e mais específicas. Nesse
ensaio acadêmico o interesse de estudo, é inteligência que
pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas,
abstrair ideias, compreender ideias e linguagens e aprender.Nas
propostas de alguns investigadores, a inteligência não é uma só, mas consiste
num conjunto de capacidades relativamente independentes. O psicólogo Howard
Gardner desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas,
identificando sete (já podemos alegar que são nove) diferentes tipos
inteligência: lógico-matemática, linguística, espacial, musical, cinemática,
intrapessoal e interpessoal. Mais recentemente, Gardner expandiu seu conceito
acrescentando à lista a inteligência naturalista e a inteligência existencial. Daniel
Goleman e outros investigadores desenvolveram o conceito de inteligência emocional e afirmam que
esta inteligência é pelo menos tão importante quanto a perspectiva mais
tradicional de inteligência. A inteligência emocional proposta por Goleman pode
ser visualizada nas inteligências intrapessoal e interpessoal, propostas por
Gardner(Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie
der Persönlichkeit. Berlin: Springer. ISBN 3 540 66230 8; MENEGHETTI, Antônio. Dicionário de Ontopsicologia. 2.ed. Recanto Maestro:
Ontopsicologica Editrice, 2008).
Aprendizagem
humana está relacionada à educação e desenvolvimento pessoal. Deve ser
devidamente orientada e é favorecida quando o indivíduo está motivado. O estudo
da aprendizagem utiliza os conhecimentos e teorias da neuropsicologia, psicopedagogia,
neurociência, psicologia, educação e pedagogia(Freddy
Rojas Velásquez (Junio 2001). Enfoques
sobre el aprendizaje humano (PDF). Página visitada em 25 de junio de 2009 de 2009. "Definición de aprendizaje")
Conclusão.
"A
aprendizagem é um fator que contribui para tornar mais eficiente o ensino"
tem implicações de ordem neuropsicopedagógica (SILVA, César Augusto Venâncio
da. NEUROPSICOLOGIA APLICADA AOS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM: A neuropsicologia
e a aprendizagem. Agosto – 2008. Fortaleza
– Ceará. UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU. CURSO
DE ESPECIALIZAÇÃO PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA - BASES NEUROPSICOLÓGICAS DA
APRENDIZAGEM).
Anna Maria Carvalho(As Habilidades de Ensino - CARVALHO, Anna
Maria Pessoa de. Prática de Ensino: os Estagiários na Formação do Professor.
São Paulo: Pioneira, 1989. p. 49–60)identifica as principais habilidades de
ensino, que nada mais são do que os conjuntos de comportamentos do professor,
quando este está face a face com seus alunos, possíveis de serem definidos,
observados e quantificados. Dentre as muitas habilidades de ensino definidas
por vários autores, selecionamos cinco — as habilidades de introdução, de
variação, de questionamento, de reforço e de ilustrar com exemplos — , que, a
nosso ver, são as mais importantes quando o foco central do curso de formação
de professores é aumentar a interação professor– aluno em sala de aula.
Nessa visão, sem desprezo as demais, refutam importantes:
a) Habilidade de Variação
- A habilidade de variação está relacionada com a capacidade do
professor de variar os estímulos oferecidos aos alunos durante a apresentação
de um conteúdo. Ela se baseia no fato de que a atenção dos alunos é mais intensa
e se mantém durante mais tempo quando existe uma variação de estímulos. Além
disso, essa habilidade está relacionada com o fato de ser o professor o grande
“ator” dentro de uma sala de aula, e, por isso, ele precisa estar consciente da
utilização de sua própria pessoa como uma fonte de variação e estímulo. Essa
conscientização é necessária, não para limitar a sua atuação, mas, ao
contrário, para libertá-lo, para que pense sobre os seus comportamentos e a
potencialidade pessoal que pode ser aproveitada, respeitando, é claro, o estilo
individual que cada professor tem ao dar uma aula. Para podermos analisar melhor essa
habilidade, vamos subdividi-la em três componentes: a participação do
professor, o estilo de interação professor–aluno e a pausa.
b) Habilidade de Olhar para os Alunos - Observamos que um dos
comportamentos que aparece com uma freqüência muito aquém da esperada é o de
olhar para a classe, olhar para os alunos. O professor, no início de sua
carreira, fica tão preso ao conteúdo da aula, ao quadro ou ao material didático
que preparou que acaba dando uma aula para ele mesmo, e não para seus alunos. É
comum o professor desabafar nas conversas após o término da aula, já na sala
dos professores: “Estava tão nervoso que não consegui ver ninguém”. O ver o aluno, o distinguir quem está entendendo
daquele que está em dúvida e, principalmente, o olhar para aquele aluno que
quer falar, quer perguntar, mas não está com coragem, são comportamentos
primordiais na formação de um bom professor.
Durante a elaboração de uma pergunta ou de uma explicação, é necessário
retirar da fisionomia dos alunos a certeza de que eles entenderam o que se está
perguntando ou explicando. Quantas vezes não existem resposta por parte dos
alunos, não porque estes não saibam o assunto, mas porque não entenderam a
pergunta e o professor não conseguiu perceber esse fato? E de que adianta o
professor saber fazer perguntas claras e bem-feitas se não der oportunidade a
alguém de respondê-las? O incentivar a classe com um olhar, procurando quem
possa ou quem queira responder a pergunta feita, é um comportamento totalmente
diferente, em termos de participação, de um olhar vago ou fixo em um ponto à
espera da resposta de um aluno qualquer. Quando o professor responde a um aluno
em particular, o seu olhar deve abranger toda a classe, pois é importante ver
se os outros alunos estão entendendo e interessados no debate. Esse feedback é
essencial, pois o professor necessita saber se continua ou se precisa cortar
esse diálogo. Sem dúvida alguma, o comportamento de não olhar para os alunos é
o mais inibidor numa sala de aula, por isso mesmo o treino dessa habilidade
deve ser feito com carinho e com capricho, com todos os alunos.
c) Habilidade de Introdução - A habilidade de introdução
correlaciona-se com a maneira como um professor inicia sua aula ou mesmo uma
unidade dentro da aula. No início da unidade de ensino, é tarefa do professor
ganhar a atenção dos alunos e motivá-los para o conteúdo que ele pretende
ensinar. É preciso também que o professor estruture, de maneira clara, as
tarefas necessárias para o desenvolvimento do trabalho, bem como relacione o
que vai ser apresentado com o que o aluno já sabe. Grande parte do sucesso de
uma aula advém do uso correto da habilidade de introduzir o tema que será
ensinado aos alunos. Segundo Trott e
Strongman (1979), essa habilidade pode ser subdividida em quatro componentes,
todos de “vital importância em estabelecer a harmonia necessária no início de
cada episódio de ensino”. São eles:
- Ganhar atenção: o professor usa voz, gestos e contatos
visuais; utiliza recursos audiovisuais; muda o padrão de interação
professor–aluno.
- Motivar: o professor conta uma história, introduz um
elemento-surpresa, mostra um fenômeno concreto; principalmente, tem, em relação
ao conteúdo apresentado, uma atitude entusiasmada, pois o que mais desmotiva
uma aula é a falta de interesse do próprio professor para com o assunto que ele
está ensinando.
- Relacionar: o professor dá e pede exemplos relacionados com
a vida diária dos alunos; relaciona o conteúdo que está sendo apresentado com a
aula anterior (ou com conteúdos já vistos pelos alunos); faz uma pequena
revisão da aula anterior antes de estruturar a presente aula; compara, contrasta
com coisas que os alunos já sabem.
- Estruturar: o professor limita, de maneira clara, a tarefa
que os alunos deverão fazer; fala sobre os objetivos a que a tarefa se propõe,
sugere ou faz uma série de perguntas induzindo os procedimentos de como executar
a tarefa.
Bibliografia Pesquisada.
·
PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia; tradução
Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva.23ª edição, Rio de
Janeiro: Forence Universitária,1998.
·
PIAGET, Jean. O Juízo Moral na Criança. São Paulo,
Summus, 1994
·
PIAGET,
Jean e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo : DIFEL,
1982.
·
PIAGET, Jean. Como se desarolla la mente del niño. In : PIAGET, Jean et allii. Los años postergados: la primera
infancia. Paris : UNICEF, 1975.
·
PIAGET, Jean. Biologia e Conhecimento. 2ª Ed.
Vozes : Petrópolis, 1996.
·
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo,
Martins Fontes, 1993
·
WADSWORTH, Barry. Inteligência e Afetividade da
Criança. 4ª Ed. São Paulo, Enio Matheus Guazzelli, 1996.
·
Vayer,Pierre.Roncin,Charles. Psicologia Actual e
Desenvolvimento da criança. Instituto Piaget
·
Gonçalves, Susana. Teorias da aprendizagem,
praticas de ensino. ESEC.2001
·
Sprinthall,
n; sprinthall, R. 1993 Psicologia educacional. Mcgraw hill
*Especialista
em Psicopedagogia pela UVA-2010. Professor de Biologia. Professor da Educação
Continuada.
REFERÊNCIA
DE LIVROS DO AUTOR DO ENSAIO.
SILVA.
César Augusto Venâncio da. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA. PRODUÇÃO TEXTUAL. CURSO DE
BIOLOGIA. QUÍMICA DA CÉLULAVIVA. PRIMEIRA EDIÇÃO. Editora Free Virtual INESPEC
– 2012. Fortaleza- Ceará. 1.a. Edição – Março.
23.
SILVA. César Augusto Venâncio da.
NEUROCIÊNCIAS – PSICOBIOLOGIABIOLOGIA NEURONAL. SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O
MESTRADO EDOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA. PRINCÍPIOS GERAIS. TOMO IEditora
Free Virtual INESPEC. Julho de 2012. Fortaleza-Ceará. 1.a.
Edição.http://pt.scribd.com/doc/90434498/LIVRO-FINAL-DE-BIOLOGIA-QUIMICA-DA-CELULA-VIVA.
http://issuu.com/institutotelevisaotvinespec/docs/primeiro_volume_do_livro__edi__o_oficial._publicar
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